A trajetória desse profissional é repleta de assuntos, técnicas, métodos inusitados, fatos, conhecimentos adquiridos e passados ao longo de 50 anos de premiações, troféus, glórias.
Ainda de calças curtas já varria salões, amolava navalhas, engraxava sapatos nas barbearias da região onde morava. Com 14 anos já tinha seu próprio salão!!
Como a maiorias dos jovens de dezoito anos serviu o exército e mesmo naquele ambiente seus cortes masculinos fizerem um verdadeiro sucesso.
Em seu salão, montado após sua passagem pelo exército e localizado na Praça Roosevelt em São Paulo próximo ao Teatro Cultura Artística e ao restaurante Gigeto, atendeu vários artistas, integrantes de bandas da jovem guarda e escritores como Inácio de Loyola Brandão. Jô Soares, por exemplo, fez o mestre cortar o cabelo dele até com o braço engessado!!
Seu nome era constante na mídia, programas de televisão, como por exemplo, o programa da Clarice Amaral muito assistido na época, competições de cabelereiros entre outros eventos.
As mulheres naquela época ainda não frequentavam os salões, mas Pacheco conseguiu atraí-las para o seu, com cortes masculinos que chamavam a atenção, como a cantora Elis Regina que todas queriam ter igual.
Viajava muito em competições fora do Brasil e um desses locais era Buenos Aires que no Festival Sul Americano o consagrou com o corte mecha a mecha.
Venceu o Campeonato Argentino de 1974 realizado no Sheraton Hotel ganhando também o troféu de melhor corte e no mesmo ano participou do Festival Rosarino de Corte e Penteados masculinos recebendo troféus e medalhas como convidado de honra.
Foi membro da diretoria do Atelier George Hardy do Brasil.
Do Centro de São Paulo para a região dos jardins foi um pulo, isso é: graças ao seu prestígio e seu estilo próprio.
Utilizava pentes com desenhos diferentes, cortes com objetos estranhos e provava que sempre tinha algo ainda mais inovador, como por exemplo, seu circuito interno que através de uma câmara de vídeo e um aparelho de televisão, seus clientes visualizavam seus penteados e cortes ao invés de se olharem no espelho.
Trouxe em sua bagagem várias idéias que através de viagens pelo mundo: Paris (onde participou como jurado entre 54 jurados do mundo todo, de uma competição promovida pela Confederation Mondialle de La Coiffure); Dusseldorf (visitou várias lojas de artigos do segmento); Roma (participou do Festipelo); entre outros locais, sempre aprimorando sua técnica.
Seu sonho, na verdade, era que a profissão de seu coração fosse reconhecida e para tal acabou aceitando ser diretor do Sindicato, além de aceitar também, a dar aulas em escola de aperfeiçoamento profissional.
Sua técnica ficou tão aperfeiçoada que seus cortes eram baseados nas fases da lua e com a juda de um astrólogo e um matemático repercutiu em uma reportagem na TV Globo o que fez com que seu cadastro de clientes que já não era pequeno crescesse ainda mais.
Foi eleito o "Cabeleireiro do Século XX" pela Tribuna dos Cabeleireiros.
1978 em Paris.
Dos jardins mudou para o Shopping Eldorado e sua participação em milhares de eventos trouxe seu sucesso profissional, mas no plano pessoal muito não andava bem.
Alguns problemas de saúde interromperam sua trajetória mas hoje, trabalha em seu salão em uma região muito privilegiada de São Paulo - Itaim Bibi, bairro com um centro comercial bem legal e uma concentraçao de empresas desde bancos de investimentos até agências de publicidade e eventos.
Tive a honra de ficar dois anos na U.C.B.União dos Cabeleireiros do Brasil (atelie George Hardys do Brasil,onde conheci muitos cabeleireiros,e muitas tecnicas de corte e escova,mas o mais importante foi conhecer o Professor Pacheco e seu filho o pachequinho,como era carinhozamete chamado por todos nos,foi uma experiencia inexquecivel.se posssivel voltaria no tempo para viver de novo tudo aquilo.minha gratidão sera para sempre.muito obrigado.
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